sábado, 14 de abril de 2012

A audiência não me deixa melhorar!


Sábado, 14 de abril de 2012, tô eu aqui ‘zapeando’ na internê, buscando o que ver e me deparo com a transmissão ao vivo de Internacional X Cerâmica (wtf?), pelas semifinais do gauchão. Prá quem não sabe, patronímicos invertidos no aumentativo são usados para designarem campeonatos ruins de futebol, logo, ‘paulistão’, ‘cariocão’ entre outros. Quem não souber o que são patronímicos, pesquise. Descobrirão inclusive porque os chamei ‘invertidos’.
Enfim. Ia, com sua rouquidão amarfanhada, o locutor a estranhar a presença do tal Cerâmica na tal fase do tal gauchão. Time pequeno, nome estranho, sem torcida. Coisa ruim prá audiência. Cadê o Grêmio??? Não vou pesquisar. Já me dei ao luxo de zapear e encontrar esse joguinho... mas, chato que sou, fui lá pensar a respeito da triste conversa do locutor com a câmera e encontrei algo que foi me interessando tanto que me fez escrever.
-E se espraiássemos essa forma de pensar para todas as nossas atividades, para todo o multiverso no qual tentamos existir? Sim, sim. Apliquemos essa máxima de locutor rouco e situacionista, de que times pequenos não devem disputar semifinais e finais, para a nossa vida profissional. O que aconteceria? Como subordinado, jamais serei chefe?  E na política? PT forever? A TV Gazeta nunca baterá a audiência da Globo? Nem a Bandeirantes ou SBT? O pobre não pode enricar? As coisas estanques e reticentes serão e amém?
Não conheço história do futebol, nem perderei tempo em querer, mas sei que os grandes times de futebol, todos eles, nasceram pequenos e cresceram. Então, narrador boboca e reacionário, o jogo é realmente ruim (tão ruim quanto seria Grêmio e Internacional), deixe o Cerâmica tentar ser grande, deixe-o construir sua torcida para que, em um futuro próximo, seja um bom parceiro da televisão.
        Em tempo: o vencedor de Inter X Cerâmica enfrentará 
     o Veranópolis na final. Ainda bem que eu não trabalho
     na televisão!

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